Antes de mais, devo avisar que tudo o que vão ler a seguir sobre a Alentour, empresa pioneira em lazer turístico no Alentejo, será muito pouco provável de se repetir, já vão perceber porquê.
Foi-nos sugerido, por parte do Sobreiras – Alentejo Country Hotel, a realização de uma tour no Alentejo. As opções eram uma prova de vinhos, uma visita a um produtor de azeites ou uma viagem ao mundo da cortiça. A minha vontade apontou, de imediato, para o azeite (tal era a curiosidade e o entusiasmo que nem me lembrei que não estamos na época dele), claro que o meu amor decidiu pelo vinho, o que acabou por ser a escolha final.
No dia, tinha ficado combinado com o sr. Silvestre, proprietário e o único funcionário da empresa, que nos ia buscar ao hotel, por volta das 10 horas e assim foi. Antes de saírmos, as palavras da diretora do hotel foram: “Vão adorar! O Silvestre faz sempre umas tours personalizadas!“, pareceu-nos bem, mas nunca pensámos no que viria a acontecer.
Ao entrar no jeep 4×4, o sr. Silvestre mostrou-se muito simpático e realmente incansável, e começou a conversa com: “O que mais gostavam de visitar pelo Alentejo?“… Mas como assim? Não estava marcada uma visita a uma adega e uma prova de vinhos? Pois, foi isso mesmo que ficámos a pensar.
A tour começou com uma visita à aldeia do sr. Silvestre, Abela (a 30 km de Grândola feitos por caminhos de difícil acesso), onde visitámos a igreja paroquial e uma fábrica de carpintaria, em que um tio seu cria e recria miniaturas em madeira, representativas dos tempos antigos.
Por caminhos apertados, num autêntico safari, ouvimos do lado do volante:
“E agora? Esquerda ou direita?”
Tivemos a oportunidade de conhecer o processo da cortiça e barragens como a de Corona e a de Campilhas, ambas perto de Abela. A primeira, lindíssima, repleta de peixes e bivalves, a segunda, infelizmente, a representar a verdadeira seca presente em Portugal.
No caminho para o prometido almoço de frango ao molho, prato típico na região, fizemos uma paragem num monte alentejano, para tirar fotografias e apreciar a paisagem.
Já no almoço, numa tasca em pleno Vale das Éguas, a cerca de 20 minutos do centro de Santiago do Cacém, o almoço escolhido pelo sr. Silvestre não desiludiu. O frango ao molho, acompanhado de batatas fritas e salada, feitos com produtos biológicos produzidos no quintal, e do verdadeiro pão alentejano. Divinal!
Só depois do almoço, ja deviam ser umas 15 horas, é que chegámos ao destino inicial da tour, a Adega da Herdade do Cebolal. Aqui foram-nos apresentados os proprietários, Luis Mota Capitão, enólogo e produtor de vinhos, e a sua mãe. O negócio tem passado de geração em geração e o gosto pela área é notório, a “léguas e distância”.
Tivemos a oportunidade de conhecer a história da herdade, a forma como os vinhos, branco, tinto e rosé, são produzidos, as castas mais utilizadas, e até pormenores sobre o armazenamento do vinho em barris de madeira. Por fim, provámos dois vinhos, um branco (Vale de Éguas) e um tinto (Surfista), acompanhados de tostas, queijo e chouriço, alentejanos claro!
De volta ao hotel, com a sensação de que foi um dia excepcional e com a certeza de que havia muito mais para ver. Quanto a vocês não sei, mas estou ansiosa para marcar a próxima tour, com a Alentour.
Maria Lagariço
Ola Maria
Obrigado pela vossa simpatia e boa disposição.
Espero vos ver em breve( Já se começou a produzir azeite ) 😉
Cumprimentos
Silvestre Santos
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