Para quem não sabe, sou cozinheira a tempo inteiro, ou seja, só venho aqui nos poucos tempos livres que tenho. E no último ano a minha cozinha foi o Mini Bar Teatro, do Grupo José Avillez.
Foi um ano de aprendizagem, não só profissional mas também pessoal, com muitos altos e baixos. Um ano de novas experiências ao lado de uma equipa excepcional. Um ano que termina com a certeza de que esta foi a cozinha que me viu crescer. E com a certeza que deixará saudades.
Para despedida, decidi que era o momento certo para levar o meu amor a jantar ao restaurante que foi, no último ano, a minha segunda casa.
No Mini Bar, existem dois menus de degustação, o menu Épico (surpresa) e o menu Cartaz, mas como eu estou farta de saber o que cada um deles leva, optei pela terceira opção, escolhi à carta. Escolhi os que para mim são os melhores pratos da casa e os que sabia que o meu amor ia gostar, claro!
Por estar inserido num teatro, a carta do Mini Bar é dividida e servida por actos. E estes actos foram especiais, os chefes, o chef Marujo e o sub-chef João Santos, fizeram questão de trazer cada prato. (Obrigada!!!)
No primeiro acto temos aquelas pequenas entradas que se comem numa só dentada e que são compostas apenas por um elemento: a caipirinha e margarita comestíveis e as azeitonas explosivas. No segundo acto as entradas mais elaboradas: a gamba em ceviche, o frango assado e o croquetes de novilho com dijonaise.
Do terceiro acto, escolhemos os imperdíveis cones de tártaro de atum com nori e maionese de kimchi e o ovo BT, cozido a baixa temperatura acompanhado de trufa, pão frito e parmesão. No quarto acto encontram-se os peixes. Aqui escolhi o quente e frio, um bacalhau em tempura (quente) coberto por molho escabeche e pó de framboesa (frio), por ser, sem dúvida, o meu preferido!
No quinto e último acto, os pratos de carne. Não resisti e pedi um de cada: bifana vietnamita, mini JAburguer, tataki de novilho e arroz de vitela. E para terminar em grande as sobremesas escolhidas foram a avelã ao cubo e o iogurte.
Ao longo da refeição os cocktails não se ficaram nada atrás. Começámos por beber um primo basílico (manjericão) e um gaiato (gengibre e coentros). E depois, os meus queridos colegas de bar, Hugo da Fonseca e André Mano, prepararam dois cocktails igualmente bons, um Costa do Castelo (lima e limão) e um cocktail de autor de maracujá.
O que dizer mais?? Adorei cada acto, cada pormenor e toda a atenção que nos foi dada. Eu sei que sou suspeita, mas não podia deixar de elogiar toda a equipa!
Agora despeço-me com a sensação de dever cumprido. Até breve!
Maria Lagariço