Pela situação geral do país e do mundo, as férias deste ano foram cá, no nosso país que tem tanto por descobrir e explorar. O Norte era a zona que estava mesmo em falta nas nossas escapadinhas por Portugal.
Tínhamos 7 dias para passear e queríamos aproveitar ao máximo o que o Norte tinha para nos oferecer. A rota escolhida foi: Aveiro (1 dia), Arouca e Castelo de Paiva (2 dias), Braga (1 dia), Gerês (2 dias) e Chaves (1 dia).
Neste post vou-vos contar o que fizemos nos dois dias passados no Gerês, que foi planeado ao pormenor, com o objetivo de conseguirmos explorar o máximo de cascatas e lagoas em tão pouco tempo e sem nos perdermos (!!!)

No Gerês ficámos alojados no Selina – Gerês que, para além de acolhedor e com um ambiente tranquilo, é super central, perto do rio Cávado e com mini-mercados próximos, ideal para as marmitas para quem quer passar o dia a caminhar.
1º DIA
Começámos a aventura no Miradouro da Pedra Bela, num dos topos do Gerês com vista sobre o rio Cávado, passando depois para o Miradouro das Rocas (A), panorâmico e de cortar a respiração.

A primeira cascata que encontrámos, muito perto do Miradouro das Rocas, à beira da estrada, foi a Cascata do Arado (B), com imensa água corrente e de difícil acesso para quem quer ir a banhos, que era o nosso caso. Tivemos de vestir a pele dos mais aventureiros e fomos de rocha em rocha, até conseguirmos mergulhar.



Seguimos para o Miradouro da Ermida (C), onde iniciámos o trilho até à Cascata da Rajada (D) de 4 km (ida e volta), com passagem por dois miradouros incríveis, os Miradouros Silhas.
Para o poço da Cascata da Rajada, as pedras são o principal obstáculo, o calçado confortável e anti-derrapante é essencial. Mas o objetivo final vale e muito a pena!



De volta a Ermida e já de carro, metemo-nos a caminho das Cascatas de Fecha de Barjas (E), mais conhecidas por Cascatas Tahiti. Com demasiada gente e demasiada água, era impossível tomar banho, mas deu para desfrutar do som da Natureza e do bom tempo que tão bem nos presenteou.

Última aventura do dia, o trilho até ao Poço Verde. Com início no Miradouro de Fafião (F) de 5 km (ida e volta) e sem qualquer sinalização. Seguimos um mapa de um trilho criado pelos @vagamundos, que foi essencial para chegarmos ao paraíso que encontrámos!




No regresso, terminámos o dia com um belíssimo sunset, no Miradouro de Fafião.

2º DIA
Considerando que neste 2º e último dia no Gerês já iríamos estar a caminho de Chaves, decidimos explorar mais a zona Este do Parque Nacional Peneda-Gerês. Primeira paragem – Ponte Misarela.
Até à ponte não existe acesso direto de carro, tivemos de caminhar cerca de 3 Km (ida e volta), para lá é foi a descer e, como o que se desce tem de se subir, para voltar tivemos de subir.


Rumo à aldeia de Pincães, onde iniciámos a caminhada até à Cascata de Pincães (A) de 4 Km (ida e volta), com apoio de alguma sinalização e seguindo sempre a levada não há como enganar! E quando acharem que estão perdidos não desistam, porque vale muito a pena, tanto a caminhada como o objetivo final, a cascata!
Para mim a melhor, do conjunto de cascatas e lagoas que visitámos nos dois dias, a Cascata de Pincães reunía todo um conjunto perfeito de condições: caminhada fácil e com ambiente especial, queda de água incrível (!!!) e ideal para ir a banhos.


Última paragem do dia, que não invalida o facto de ter sido tão especial quanto as outras, as 7 Lagoas.
Para chegarmos às lagoas mais famosas do Gerês é inevitável uma bela caminhada de pelo menos 10 Km (ida e volta), com início na aldeia de Xertelo (B). Como os @viajarentreviagens aconselham, estacionámos o carro perto do bar “7 Lagoas”, subimos até ao Moinho do Poço e ai começou o trilho, muito bem sinalizado e sempre plano, a única descida foi já perto das lagoas. Para voltar fizemos exatamente o mesmo caminho.
Para andar de lagoa em lagoa, o nível de água tinha de ser menor, mas não foi por isso que deixámos de nos aventurar de rocha em rocha para dar uns mergulhos!




Terminamos assim estes dois dias maravilhosos pelo Gerês, mas não sem antes vos dizer onde comemos, que é o mais importante, certo??
Durante o dia, como referi anteriormente, optámos por marmitas, para aproveitarmos cada segundo desta aventura, aos jantares fomos aos restaurantes mais sugeridos: Adega do Ramalho e Petiscos da Bó Gusta.
O primeiro era bem tradicional, com meias doses que davam para dois e um serviço mais tosco. O segundo não aceitava reservas, funcionava por ordem de chegada, mas a espera valeu a pena. Tinha (muito bons!) petiscos, serviço top e muito barato.
Espero que todas as minhas dicas vos sejam úteis e as dos outros blogs que referi também, vão ver que não se vão perder, nem arrepender!
O nosso país tem muito para ver e o Gerês é imperdível!
Maria Lagariço